REVOLUÇÃO DE 1932

PARA COMPREENDER A HISTÓRIA

Uma revolução, acontece quando em um curto período ocorrem grandes transformações em uma sociedade.Se essas transformações se dão durante longos periodos,  passam desapercebidas e acabam sendo consideradas parte de um processo “evolutivo”.

Outra necessidade que há para que uma revolução se torne bem caracterizada é o sucesso do movimento revolucionário. Caso contrário apenas poderiamos considerar-lo como tentativa de revolução, ou uma revolução sufocada.

Existe também diferenças  entre o que é revolução e o que é golpe de Estado. A ditadura militar brasileira, que iniciou em 1964, foi chamada de revolução por aqueles que a fizeram. Até hoje existem aqueles que a nomeiam por golpe militar  os que chamam de revolução de 64.

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Dia 9 de julho, São Paulo comemora O “Dia do Soldado Constitucionalista”. O povo  paulista considera a Revolução de 1932 o maior movimento cívico de sua história.

 O movimento foi uma resposta paulista à Revolução de 1930, que acabou com a autonomia que os estados gozavam durante a vigência da Constituição de 1891. A revolução de 1930 impediu a posse do governador de São Paulo Júlio Prestes na presidência da República e derrubou do poder o presidente Washington Luís que fora governador de São Paulo de 1920 a 1924

julho3Os conflitos ocorreram  entre os meses de julho e outubro de 1932, onde o Estado de São Paulo visava a derrubada do Governo Provisório de Getúlio Vargas e a promulgação de uma nova constituição para o Brasil. No total, foram 87 dias de combates, (de 9 de julho a 4 de outubro de 1932 – sendo o último dois dias depois da rendição paulista, quando foi derrotado militarmente. Em 9 de julho, Vargas já havia iniciado a Constituinte e já havia nomeado um interventor paulista – as duas grandes exigências de São Paulo. Isso, porém, não evitou o conflito, pois a elite paulista almejava voltar a dominar a política nacional, como o fazia anteriormente.

23 de maio?

 O dia 23 de maio de 1932 também foi determinante para os revolucionários. Foi neste dia que o povo saiu às ruas, com o objetivo de lutar pela constituição, e cinco jovens foram alvejados no centro da cidade de Sâo Paulo. Quatro desses rapazes, morreram imediatamente, e o quinto foi encaminhado gravemente ferido para  o hospital., falecendo dias depois.É também o data em que se comemora o “Dia da Juventude Constitucionalista”.

 O ESTOPIM

 O estopim da revolta foi a morte de cinco jovens no centro da cidade de São Paulo, assassinados por partidários governistas em 23 de maio de 1932, dando origem a um movimento de oposição que ficou conhecido como MMDC, atualmente denominado oficialmente de MMDCA, em homenagem a Orlando de Oliveira Alvarenga, ferido juntamente com seus colegas Martins, Miragaia, Dráusio e Camargo, mas que veio a falecer em agosto de 1932 em razão dos ferimentos.

Esse fato levou à união de diversos setores da sociedade paulista em torno do movimento de constitucionalização. Neste movimento, tanto se uniu a oligarquia que pretendia a volta da supremacia paulista no poder quanto segmentos que desejavam a implantação de uma verdadeira democracia no Brasil. Entre os voluntários, estavam os escritores Monteiro Lobato e Mário de Andrade, que fizeram campanhas a favor dos constitucionalistas em rádios de São Paulo.

O movimento estendeu-se até 2 de outubro de 1932, quando foi derrotado militarmente.  Em 9 de julho, Vargas já havia iniciado a Constituinte e que já havia nomeado um interventor paulista – as duas grandes exigências de São Paulo. Isso, porém, não evitou o conflito, já que o que a elite paulista realmente almejava voltar a dominar a política nacional, como o fazia anteriormente.

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Mário Martins de Almeida (Martins)

Euclides Bueno Miragaia (Miragaia)

Dráusio Marcondes de Sousa (Dráusio)

Antônio Américo Camargo de Andrade (Camargo)

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A Escola Politécnica de São Paulo foi transformada num autêntico arsenal de guerra. No então Laboratório de Ensaios de Materiais (LEM) da Escola Politécnica de Engenharia foi criado o Departamento Central de Munições (DCM), que contou com o engajamento de Setecentos e quarenta engenheiros e trezentos e quarenta técnicos auxiliares e inúmeros químicos trabalhavam incessantemente. Fabricavam-se munições de infantaria, morteiros leves e pesados, Trens e automóveis foram blindados; canhões pesados, montados nas vias férreas. No entanto um engenhoso recurso utilizado pelos paulistas na revolução ganhou destaque pela sua criatividade, foi a matraca, que recebeu o apelido de “o cavalo de tróia paulista”. O aparelho era composto por uma lâmina de aço em contato com uma roda dentada. Girando a roda em grande velocidade, o atrito com a lâmina provocava tremendo ruído, semelhante ao de metralhadora ao disparar. Isso causava intenso pânico no inimigo, chegando a conter por vinte dias o avanço das tropas inimigas.

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Milhares de pessoas de todas as classes sociais doavam pratarias, jóias e alianças para ajudar financeiramente a revolução

PARTICIPAÇÃO FEMININA

 julho8A mulher paulista participou ativamente do movimento revolucionário, trabalhando na retaguarda até ao preparo do material bélico. Dentro de suas possibilidades, lutou sem esmorecimentos. Até nas trincheiras ela esteve. De Catanduva várias jovens fizeram parte do Batalhão Feminino “Estrela do Sul”. Essas jovens arrecadavam remédios, roupas, viveres para os soldados que estavam em batalha.

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ORTEGA E JOSUÉ

 Antonio Ortega de Haro e Josué de Grande foram jovens catanduvenses que perderam suas vidas durante a revolução. Esses rapazes deixaram suas famílias e foram se juntar às tropas revolucionárias paulistas. Infelizmente, jamais voltaram a ver sua querida Catanduva, porém, deixaram um exemplo de amor a Pátria e civismo, que devemos nos orgulhar até hoje.

Antonio Ortega de Haro (1923/08/1907-25/04/1932) foi morto em combate e enterrado na própria trincheira. Seu corpo foi translado para Catanduva no ano de 1933 e encontra-se sepultado no Cemitério Nossa Senhora do Carmo.

Josué de Grande (19/07/1906 -21/09/1932) – nos campos de batalha contraiu uma grave doença que comprometeu seu fígado. Doente, foi transferido para São Paulo, onde faleceu poucos dias depois.

O “Fantasma da Morte”

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Além de levar os soldados para as frentes de batalha, o trem foi adaptado pelos paulistas para, atacar as linhas inimigas. O trem blindado, ou “Fantasma da Morte”, como foi apelidado pelos combatentes, foi uma composição formada por dois carros, um de cada lado da máquina e revestidos de aço (duas placas de aço entremeadas de pranchões de cerne de peroba duríssima). Camuflado (era pintado com listas de diversas cores), o trem era equipado com canhão de 75 milímetros e metralhadoras pesadas nos flancos, e carregava dois potentes holofotes na parte superior.
Apenas duas composições do trem blindado foram fabricadas, em Sorocaba/SP, especialmente para atender às tropas paulistas, na revolução de 32.

SÃO PAULO SE RENDE, MAS VENCE

Embora derrotada nas armas, a revolução paulista conquistou todos seus objetivos. E começara a conquistá-los logo ao iniciar-se. No mesmo dia em que começou o levante, Getúlio Vargas decidiu nomear a comissão de constitucionalização. Em 25 de julho ordenou o alistamento eleitoral. Depois, ao convocar a assembléia constituinte, mostrava que aos vencidos caberia a vitória final.

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Após a Revolução de 32, a bandeira que apenas era um símbolo de São Paulo passou a ser a bandeira oficial. O mapa do Brasil na bandeira simboliza a luta dos paulistas pelo Brasil. As quatro estrelas representam os pontos cardeais. As listas brancas representam o dia e as listas pretas representam a noite, os paulistas, de dia ou de noite e de qualquer lugar, defendem o Brasil com seu sangue, representado pela cor vermelha envolvendo o mapa 

SOCIEDADE DE VETERANOS DE 1932-MMDC

 Anos após o término dos combates, os participantes da revolta formaram a Sociedade de Veteranos de 1932-MMDC, que veio a ser oficializada somente em 1954. Em Catanduva, o saudoso professor Brasil Procópio de Oliveira, pesquisou com grande afinco as causas e os efeitos da revolução. Foi um dos fundadores da Associação dos Veteranos da Revolução de 1932 de Catanduva, além de organizador do Museu Pedro de Toledo, que lembra os acontecimentos de 1932

PRAÇA 9 DE JULHO

Até 1934, a Praça São Domingos era formada por duas quadras, localizadas entre as ruas Minas Gerais e Recife, e entre as ruas Brasil e Pará. No dia 9 de julho deste mesmo ano, parte da população catanduvense, se reuniu nesse local, para prestar homenagem a Antonio Ortega e Josué Grande. O prefeito Coriolano de Oliveira Mello, decretou a partir de então, que a Praça São Domingos passaria a se chamar Praça 9 de Julho. No ano de 1973, o prefeito Pedro Nechar, nomeou a quadra onde está localizada Igreja Matriz, como Praça Monsenhor Albino.

ESTÁTUA SOLDADO CONSTITUCIONALISTA

A estátua do Soldado Constitucionalista, localizada na Praça 9 de julho, é obra do artista plástico Oscar Valzacchi. O monumento, que parece ser feito de bronze, na realidade é de concreto e foi pintado na cor bronze. Na Praça 9 de julho desde a primeira administração do prefeito Antonio Borelli (1956-1959), passou por várias restaurações e é uma justa homenagem da população catanduvense àqueles que participaram da revolução de 1932.

PAINEL “A DESPEDIDA” OU “A PARTIDA”

Desenhado pelo artista Luis Antonio Melhado, o painel faz parte de uma lembrança viva do movimento revolucionário de 1932. Foi inaugurado durante os eventos que lembravam o cinqüentenário da revolução, em 1982 e faz parte de nosso “Altar da Pátria”, onde ocorrem solenidades cívicas até os dias atuais.

 MUSEU HISTÓRICO E PEDAGÓGICO “GOVERNADOR PEDRO DE TOLEDO”

No ano de 1956, o governo do estado de São Paulo, passou a inaugurar vários museus Históricos e Pedagógicos por todo o interior paulista. Porém, foi somente em 1969, que Catanduva recebe o 52° Museu Histórico e Pedagógico do Estado de São Paulo, e ficou decido que a temática principal do museu seria a Revolução de 1932, pois de vários soldados nossa cidade lutaram nos campos de batalha. O nome escolhido para o museu foi “Governador Pedro de Toledo”, em homenagem ao governador paulista na época da revolução.

Funai localiza povo indígena isolado no Amazonas

 

A Fundação Nacional do Índio (Funai) confirmou  a identificação de um novo grupo de índios isolados no Vale do Javari, no Amazonas. As observações preliminares apontam que esse grupo de cerca de 200 pessoas pode pertencer à família linguística Pano.

A nova comunidade de índios isolados foi localizada pela Frente de Proteção Etnoambiental da Funai no Vale do Javari e foi confirmada durante sobrevoo realizado em abril deste ano, com apoio do Centro de Trabalho Indigenista (CTI). As clareiras foram localizadas por satélite antes da realização da expedição aérea que avistou três clareiras com quatro grandes malocas no total.

Segundo o coordenador da Frente do Vale do Javari, Fabricio Amorim, “a roça, bem como as malocas, são novas, datadas de no máximo um ano. O estado das palhas usadas na construção, e a plantação de milho indicam isso. Além do milho, havia banana e uma vegetação rasteira que parecia ser amendoim, entre outras culturas”, explica.

Até o momento da confirmação, a presença desses índios isolados era apenas uma referência “em estudo”, segundo a Funai, pois havia relatos de sua existência, sem informações conclusivas sobre a exata localização e características da comunidade.

“Na Terra Indígena Vale do Javari há um complexo de povos isolados considerado como a maior concentração de grupos isolados na Amazônia e no mundo”, avalia Amorim. “Entre as principais ameaças à integridade desses grupos estão a pesca ilegal, a caça, a exploração madeireira, o garimpo, atividades agropastoris com grandes desflorestamentos, ações missionárias e situações de fronteira, como o narcotráfico. Outra situação que requer cuidados é a exploração de petróleo no Peru, que pode refletir na Terra Indígena do Vale do Javari”, afirma o pesquisador.

De acordo com a Funai, entre os anos 2006 e 2010, foram localizados mais de 90 indícios da ocupação territorial desses grupos, como roças, tapiris e malocas. Essas observações apontam para a existência de uma população de aproximadamente duas mil pessoas na Terra Indígena do Vale do Javari. A Funai reconhece a existência de 14 referências de índios isolados na região.

http://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/agencia/2011/06/21/funai-localiza-povo-indigena-isolado-no-amazonas.jhtm

Macedônios, exímios construtores

Pesquisadores descobrem que o povo de Alexandre, o Grande conhecia técnicas refinadas de construção e já utilizava o cimento três séculos antes que os romanos
por Graziella Beting

Os macedônios são conhecidos como grandes guerreiros e conquistadores – basta pensar em Alexandre, o Grande. Mas uma descoberta recente revelou outra faceta desse povo que habitava a região da Grécia e da Anatólia na Antiguidade. Eles eram construtores experientes e já faziam cimento três séculos antes dos romanos.

A descoberta foi feita graças à análise de tesouros vindos da Grécia para uma exposição no Museu Ashmolean (www.ashmolean.org), em Oxford, Inglaterra. As peças faziam parte de um complexo funerário pertencente à dinastia de Alexandre, o Grande.

A mostra “De Hércules a Alexandre, o Grande”, que fica em cartaz até o fim de agosto, reúne o material recém-coletado nos sítios arqueológicos de Vergina (nome atual), a primeira capital da Macedônia (Aegae), datados dos séculos VII a IV a.C. A cidade permaneceu desconhecida até 30 anos atrás, quando foram encontradas as tumbas de Felipe II e seu neto, Alexandre IV, e localizado o complexo real.

http://www2.uol.com.br/historiaviva/noticias/os_eximios_construtores_da_macedonia.html