Baixa Idade Média

No século X, os países europeus deixaram de ser ameaçados por invasões bárbaras. O continente vivia agora a “paz medieval”, isso ocasionou mudanças que provocaram transformações na sociedade européia.

No período que vai do século XI ao século XV – a chamada Baixa Idade Média – percebe-se uma decadência no feudalismo. O aumento populacional provocado por essa fase pacifica, levou à necessidade de mais terras, nas quais os trabalhadores desenvolveram técnicas agrícolas que lhes facilitaram o trabalho. Em torno dos castelos começaram a estabelecer-se indivíduos que comercializavam produtos excedentes locais e originários de outras regiões da Europa. A moeda voltou a ser necessária, e surgiram várias cidades importantes junto às rotas comerciais e marítimas e terrestres.

Ao mesmo tempo, a Igreja, fortalecida, promoveu expedições cristãs ao Oriente – as Cruzadas – tentando recuperar a cidade de Jerusalém, então em poder do Império Islâmico. Durante dois séculos, as Cruzadas agitaram toda a Europa, pois além dos aspectos religiosos havia um impulso comercial muito grande.

 

A Importância das Cruzadas

 

Convocadas primeiramente pelo papa Urbano II, em 1095, na França, as Cruzadas foram, expedições de cristãos europeus contra os muçulmanos, ocorridas durante os séculos XI a XIII. A missão dos cavaleiros cristãos era libertar a região da Palestina, que na época fazia parte do Império Islâmico.

Além dessa motivação religiosa, entretanto, outros interesses políticos e econômicos impulsionaram o movimento cruzadista:

A Igreja procurava unir os cristãos do Ocidente e do Oriente, que haviam se separado em 1054, no chamado Crisma do Oriente, surgido a partir daí a Igreja Ortodoxa Grega, liderada pelo patriarca de Constantinopla;

Oito Cruzadas foram organizadas entre 1095 e 1270, que apesar de obterem algumas vitórias sobre os muçulmanos, não conseguiram reconquistar a Terra Santa.

Essas expedições envolveram desde pessoas simples e pobres do povo até a alta nobreza, reis e imperadores, tendo havido mesmo uma Cruzada formada apenas por crianças. Dezenas de milhares de pessoas uniam-se sob o comando de um nobre e percorriam enormes distâncias, tendo de obter alimentação e abrigo durante o percurso. A maioria antes de chegar ao destino era massacrada em combates.

O contato dos europeus com os povos orientais – bizantinos e muçulmanos – fez com que eles começassem a apreciar e a consumir produtos como perfumes, tecidos finos, jóias, além das especiarias, como eram chamadas a primeira, a noz-moscada, o cravo, o gengibre e o açúcar. 

As Sujas e Apertadas Cidades Medievais

idademedia

Na baixa Idade Média, houve a rápida multiplicação do número de cidades, onde eram exerciam atividades comerciais, manufatureiras e também artísticas. As cidades eram protegidas por muralhas, que serviam para protegê-la das invasões de nobres e bandidos.

Assim, dentro dos limites cercados das cidades, os terrenos eram caríssimos e procurava-se aproveitar cada centímetro. As construções, em geral de madeira, colocadas umas às outras, o perigo de incêndio era constante.

As condições sanitárias eram péssimas: o lixo era despejado nas ruas e sua coleta ficava a cargo das eventuais chuvas; até que isso ocorresse, formavam-se montes de detrito, revirados por cães e porcos. A água dos rios e poços que abasteciam a cidade era freqüentemente contaminada, ocasionando doenças.

Em todo o século XIV e até meados do século XV, a Europa enfrentou uma série de fatos que afetaram profundamente a vida de sua população. Mudanças climáticas trouxeram vários anos seguidos de muita chuva e frio, o que causou a morte de animais e plantações, levando a um longo período de fome.

A peste negra, originária do Mar Negro e transmitida por ratos, matou milhões de europeus já enfraquecidos pela fome. Além disso, a violência gerada pela Guerra do Cem Anos fez surgirem revoltas populares onde milhares de pessoas também perderam sua vida.

As precárias condições urbanas agravaram ainda mais o problema gerado por essas crises fez a Europa perder mais da metade da sua população.

 

IMAGEM: CIDADE DE LUCCA (ANTIGA SANTA GEMMA), ITÁLIA

AS CIDADES MEDIEVAIS

As cidades medievais eram superlotadas, barulhentas, escuras e tinham cheiro de estábulo. Só as ruas mais largas eram pavimentadas; as outras eram sujas, com esterco e lama. Na maioria are apenas vielas estreitas onde não se podia passar com duas mulas sem derrubar os quiosques dos vendeiros ou os toldos e tabuletas dos que anunciavam seus serviços.
De dia, as ruas ficavam apinhadas de gente: ferreiros, sapateiros, vendedores de tecido, açougueiros, dentistas… Bastava o comerciante abrir as venezianas de sua casa para transformá-la numa banca de mercadoria. Ficavam também cheias de animais: cães, mulas, porcos, cavalos, galinhas… À noite, eram silenciosas e muito escuras: não havia iluminação pública. Era comum toque de recolher decretado pelas municipalidades, como prevenção contra assaltos e assassinatos.
Nas cidades medievais ocorriam castrações, enforcamentos e amputações, e a população aglomerava para assistir aos espetáculos de castigo. Muitas vezes os criminosos eram arrastados pelas ruas numa carroça e torturados antes da execução pública, sob o burburinho e os gritos das multidões.
Eram freqüentes, também, os incêndios. As casa, de três ou quatro andares, eram construídas de materiais inflamáveis: paredes de madeira e galhos e tetos de palha ou junco, que ardiam em poucos minutos. Se por um lado os incêndios geravam prejuízos para os moradores, por outro era benéfico, pois amenizava as condições de sujeira que provocavam as doenças.
Apesar de existirem hábitos de higiene pessoal, como o costume de freqüentar os banhos públicos, preservados desde a época de Roma, só os ricos tinham as suas próprias latrinas e fossas. A maioria da população jogava seus excrementos em esgotos ou em pilhas de detritos a céu aberto, tornando as vielas imundas, o mau cheiro insuportável e as águas de abastecimento da cidade poluídas.
A canalização da água não era recomendada pelas oficialidades, que temiam a desvantagem de tornar as cidades vulneráveis a sabotagens de exécitos inimigos. Só em 1236, Londres começou a trazer água para a cidade em aquedutos.
Uma das soluções adotadas para reduzir a sujeira foi a pavimentação das ruas. Paris, em 1185, foi a primeira cidade a ter suas ruas calçadas com pedras.
Mais ainda do que os excrementos humanos e a água suja, a maior maldição das cidades medievais era a pulga, o parasita do rato negro. As epidemias eram freqüentes e, de 1348 a 1349, as pulgas espalharam a peste bubônica, conhecida como a peste negra, provocando milhões de mortes

PRIMEIRO DE ABRIL…

AS ORIGENS

Existem várias explicações para o surgimento do dia da mentira. Uma delas conta que, em 1564, o rei da França Carlos IX determinou que o Ano Novo fosse comemorado no dia 1º de janeiro, depois da adoção do calendário gregoriano, e isso foi seguido por vários outros países europeus. O Ano Novo costumava ser comemorado no dia 1º de abril. A mudança gerou muita confusão e alguns franceses resolveram manter a tradição, mas de uma forma debochada: os engraçadinhos mandavam presentes esquisitos e convites de festas que não existiam para os conservadores da época.

CURIOSIDADES

Para comemorar o Dia da Mentira, jornais do mundo todo publicam falsas notícias, geralmente com fatos absurdos. Confira abaixo algumas delas.
1- A África do Sul comprou Moçambique por US$ 10 bilhões. O anúncio do negócio fora feito na Organização das Nações Unidas pelo presidente sul-africano Nelson Mandela. Publicado pelo Jornal Star, de Johannesburgo.

2- A Rádio Medi, de Tânger, no Marrocos, noticiou que o Brasil não iria participar da Copa do Mundo porque o dinheiro da seleção seria usado na luta contra o incêndio em Roraima.

3- A minúscula república russa Djortostão declarou guerra ao Vaticano. Motivo: arrebatar o título de menor Estado da Europa. Paratanto, ele teria doado seis metros quadrados de seu território a uma república vizinha. Isso tudo de acordo com o jornal Moscou Times.

4- Diego Maradona, ex-capitão da seleção argentina de futebol, é o novo técnico da seleção do Vietnã. Deu nos principais jornais vietnamitas.

5- Ao deixar o Senegal, o presidente americano Bill Clinton seria acompanhado de uma comitiva formada pelos primeiros 50 senegaleses que fossem à embaixada para pedir visto de entrada nos EUA. Assim informou o jornal Le Soleil, do Senegal. Centenas de senegaleses acreditaram na mentira e correram para a embaixada americana.

Arqueólogos acham na Europa flauta de 35 mil anos

flauta

Uma flauta de osso de pássaro encontrada em uma caverna da Alemanha foi entalhada há cerca de 35 mil anos e é o mais antigo instrumento musical artesanal já descoberto, oferecendo a mais nova evidência de que as primeiras populações humanas da Europa tinham uma cultura complexa e criativa. Uma equipe liderada pelo arqueólogo Nicholas Conard, da Universidade de Tübingen, na Alemanha, montou a flauta a partir de 12 fragmentos de osso de abutre, espalhados por uma pequena área da caverna de Hohle Fels, no sul da Alemanha.

 

As peças formam um instrumento de 22 centímetros com cinco furos e uma extremidade em forma de “V”. “É, sem dúvida, o mais antigo instrumento musical do mundo”, disse o pesquisador. A descoberta está nesta semana na revista científica “Nature”. Outros arqueólogos concordaram com a avaliação de Conard. O pesquisador brasileiro Walter Alves Neves, da Universidade de São Paulo (USP), considera a descoberta um “grande achado”. “Mas ela faz parte de um pacote de criações conhecido como revolução artística do Paleolítico Superior”, explica Neves.

 

 

Há 40 mil anos, o homem usou signos pela primeira vez para representar conceitos. Surgiram as pinturas nas cavernas e as primeiras esculturas. O período também conheceu o nascimento da linguagem. “Esperávamos que a música estivesse no pacote”, aponta Neves. A flauta de Hohle Fels é mais completa e um pouco mais velha que fragmentos de osso e marfim de outras sete flautas, também encontradas no sul da Alemanha. A equipe escavou o instrumento em setembro de 2008, mesmo mês em que descobriu seis fragmentos de marfim em Hohle Fels que compõem uma estatueta feminina que, acredita-se, é a mais antiga escultura de uma forma humana. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

História do Hino Nacional

 Em 1831,

Dom Pedro anunciou que estava deixando o trono de imperador do Brasil para seu filho e voltaria a Portugal. Foi a oportunidade que o músico Francisco Manuel da Silva estava esperando para apresentar a sua composição. Ele colocou a letra de um verso do desembargador Ovídio Saraiva de Carvalho e Silva e o hino foi cantado pela primeira vez no dia 13 de abril de 1831, na festa de despedida de Dom Pedro I. Durante algum tempo, porém, a música teve o nome de “Hino 7 de Abril”, data do anúncio da abdicação.

A letra de Ovídio Saraiva foi considerada ofensiva pelos portugueses. Eles foram chamados até de “monstros”. Por isso, ela foi esquecida em pouco tempo, mas a partitura de Francisco Manuel da Silva começou a ser executada em todas as solenidades públicas a partir de 1837. Para comemorar a coroação de Dom Pedro II, em 1841, o hino recebeu novos versos, de um autor desconhecido. Por determinação de Dom Pedro II, a música passou a ser considerada o Hino do Império e deveria ser tocada todas vezes em que ele se apresentasse em público, em solenidades civis e militares, mas sem letra. Era também tocada no exterior sempre que o imperador estivesse presente. Francisco Manuel ficou bastante famoso. Recebeu vários convites para dirigir, fundar e organizar instituições musicais. Mas o Brasil continuava com um hino sem letra.

Quando a República foi proclamada, em 1889, o governo provisório resolveu fazer um concurso para escolher um novo hino. Procurava-se algo que se enquadrasse no espírito republicano. Primeiro escolheram um poema de Medeiros e Albuquerque, que tinha sido publicado no jornal Diário do Comércio do Rio de Janeiro em 26 de novembro de 1889. É aquele que começa com o verso “Liberdade, Liberdade, abre as asas sobre nós”. A letra se encontrava à disposição dos maestros que quisessem musicá-la. No primeiro julgamento, dia 4 de janeiro de 1890, 29 músicos apresentaram seus hinos. A Comissão Julgadora selecionou quatro para a finalíssima. No dia 15 de janeiro, numa sessão em homenagem ao Marechal Deodoro no Teatro Santana, perguntaram ao novo presidente se ele estava ansioso pela escolha do novo hino. Ele disse: “Prefiro o velho”. Cinco dias depois, no Teatro Lírico do Rio de Janeiro, uma banda marcial composta de 70 figurantes, fanfarra e coro de 30 vozes regida pelo maestro Carlos de Mesquita executou as músicas finalistas. Na ordem, os hinos de Antonio Francisco Braga, Jerônimo de Queirós, Alberto Nepomuceno e Leopoldo Miguez. Nessa primeira audição, segundo o regulamento, estavam proibidos os aplausos. Após um curto intervalo, a banda executou de novo os quatro hinos. Aí, sim, o público pôde se manifestar. O mais aplaudido foi o do maestro Miguez, que também foi escolhido pela Comissão Julgadora. O presidente Deodoro e quatro ministros deixaram o camarote oficial e voltaram em seguida. O ministro do Interior, Aristides Lobo, leu o decreto que conservava a música de Francisco Manuel da Silva como hino nacional. Mesmo sem a partitura, a orquestra tocou a música e a platéia delirou. Como prêmio de consolação, a obra de Medeiros e Albuquerque e de Leopoldo Miguez ficou conhecida como o Hino da Proclamação da República. Só que o problema persistia: o Brasil tinha um hino sem letra. Mas, se a música já era tão bonita, por que precisava de uma letra? Por mais que alguém se habitue a uma música, se ela não tiver letra, fica mais difícil de ser memorizada.

Só em 1909 é que apareceu o poema de Joaquim Osório Duque Estrada. Não era ainda oficial. Tanto que, sete anos depois, ele ainda foi obrigado a fazer 11 modificações na letra. Duque Estrada ganhou 5 contos de réis, dinheiro suficiente para comprar metade de um carro. O Centenário da Independência já estava chegando. Aí o presidente Epitácio Pessoa declarou a letra oficial no dia 6 de setembro de 1922. Como Francisco Manoel já tinha morrido em 1865, o maestro cearense Alberto Nepomuceno foi chamado para fazer as adaptações na música. Finalmente, depois de 91 anos, nosso hino estava pronto!

Francisco Manoel da Silva

Francisco Manoel da Silva (compositor, regente e professor) nasceu no Rio de Janeiro em 1795 e faleceu na mesma cidade em 1865. Teve grande destaque na vida musical do Rio de Janeiro, no período compreendido entre a morte do Padre José Maurício e a ascensão de Carlos Gomes. Foi cantor da Capela Real a partir de 1809, passando depois a timpanista e violoncelista da mesma instituição. Foi um dos fundadores da Imperial Academia de Música e Ópera Nacional, da Sociedade Beneficência Musical e o Conservatório de Música, embrião do Instituto Nacional de Música, que deu origem à Escola de Música da UFRJ. Seus mestres foram José Maurício e Sigismund Neukomm. Foi diretamente responsável pela restauração da Capela Imperial, à qual foi devolvido o antigo fausto. Teve também carreira de regente. Deixou boa quantidade de obras, espalhadas em arquivos cariocas, mineiros e paulistas, abrangendo música sacra e modinhas e lundus. É o ator do Hino Nacional Brasileiro. Foi escolhido como Patrono da Cadeira n. 7 da Academia Brasileira de Música.

Joaquim Osório Duque Estrada

                                                                                                                                                                             Joaquim Osório Duque Estrada, crítico, professor, ensaísta, poeta e teatrólogo, nasceu em Pati do Alferes, então município de Vassouras, RJ, em 29 de abril de 1870, e faleceu no Rio de janeiro, RJ, em 5 de fevereiro de 1927. Eleito em 25 de novembro de 1915 para a Cadeira n. 17, na sucessão de Sílvio Romero, foi recebido em 25 de outubro de 1916 pelo acadêmico Coelho Neto. Era filho do tenente-coronel Luís de Azeredo Coutinho Duque-Estrada e de Mariana Delfim Duque-Estrada. Era afilhado do general Osório, marquês do Herval. Estudou as primeiras letras na capital do antigo império, nos colégios Almeida Martins, Aquino e Meneses Vieira. Matriculou-se em 1882 no imperial Colégio Pedro II, onde recebeu o grau de bacharel em letras, em dezembro de 1888. Em 1886, ao completar o 5o ano do curso, publicou o primeiro livro de versos, Alvéolos. Começou a colaborar na imprensa, em 1887, escrevendo os primeiros ensaios na Cidade do Rio, como um dos auxiliares de José do Patrocínio na campanha da abolição. Em 1888 alistou-se também nas fileiras republicanas, ao lado de Silva Jardim, entrando para o Centro Lopes Trovão e o Clube Tiradentes, de que foi 2o secretário. No ano seguinte foi para São Paulo, a fim de se matricular na Faculdade de Direito, entrando nesse mesmo ano para a redação do Diário Mercantil. Abandonou o curso de Direito em 1891 para se dedicar à diplomacia, sendo então nomeado 2o secretário de legação no Paraguai, onde permaneceu por um ano. Regressou ao Brasil, abandonando de vez a carreira diplomática. Fixou residência em Minas Gerais, de 1893 a 96. Aí redigiu o Eco de Cataguazes. Nos anos de 1896, 1899 e 1900 foi sucessivamente inspetor geral do ensino, por concurso; bibliotecário do Estado do Rio de Janeiro e professor de francês do Ginásio de Petrópolis, cargo que exerceu até voltar para a cidade do Rio de Janeiro, em 1902, sendo nomeado regente interino da cadeira de História Geral do Brasil, no Colégio Pedro II. Deixou o magistério em 1905, voltando a colaborar na imprensa, em quase todos os diários do Rio de Janeiro. Entrou para a redação do Correio da Manhã, em 1910, dirigindo-o por algum tempo, durante a ausência de Edmundo Bittencourt e Leão Veloso. Foi nesse período que criou a seção de crítica Registro Literário, mantida, de 1914 a 1917, no Correio da Manhã; de 1915 a 1917, no Imparcial; e, de 1921 a 1924, no Jornal do Brasil. Uma boa parte de seus trabalhos desse período foram reunidos em Crítica e polêmica (1924). Tornou-se um crítico literário temido. Gostava de polêmicas. De todas as censuras que fez, nenhuma conseguiu dar-lhe renome na posteridade. Como poeta, não fez nome literário, a não ser pela autoria da letra do Hino Nacional. Além do livro de estréia, publicado aos 17 anos, Flora de maio, com prefácio de Alberto de Oliveira, reunindo poesias escritas até os 32 anos de idade. Revela sensível progresso na forma e na idéia. Conserva a feição dos poetas românticos, apesar de publicado em plena florescência do Parnasianismo, de que recebeu evidentes influxos, conservando, contudo, a essência romântica. Obras: Alvéolos, poesia (1887); A aristocracia do espírito (1899); Flora de maio, poesia (1902); O Norte, impressões de viagem (1909); Anita Garibaldi, ópera-baile (1911); A arte de fazer versos (1912); Dicionário de rimas ricas (1915); A Abolição, esboço histórico (1918); Crítica e polêmica (1924); e mais: Noções elementares de gramática portuguesa; Questões de português; Guerra do Paraguai; História Universal; A alma portuguesa. Encontram-se trabalhos seus na Revista Americana; em O Mundo Literário; na Revista da Língua Portuguesa e na Revista da Academia Brasileira de Letras.

POSTURA AO CANTAR O HINO NACIONAL

O Hino Nacional é um dos Símbolos Nacionais e fala de nosso passado heróico, da nossa independência, da beleza do céu, da grandeza de nossas terras, do nosso futuro e também de que estamos sempre dispostos a trabalhar e a lutar pela nossa Pátria. Portanto, o vigilante, assim como qualquer outra pessoa, quando estiver participando de uma comemoração em que seja executado o Hino Nacional, deverá manter-se em silêncio, de pé, em postura respeitosa e com a cabeça descoberta (sem chapéu, boné, capacete), demonstrando assim, o respeito para com a Pátria.

Quando cantado deverá ser tocado na íntegra. Quando apenas musicado poderá ser tocado apenas a primeira parte. Não se deve aplaudir ao final.

DEUSES GREGOS E ROMANOS

Deus Grego Deus Romano Função ou Característica
Zeus Júpiter Pai dos deuses e dos homens, principal deus do Olimpo.
Cronos Saturno Deus do tempo, pai de Zeus. Pertencia à raça dos titãs.
Hera Juno Rainha dos deuses, esposa de Zeus.
Hefesto Vulcano Artista do Olimpo, fazia os raios que Zeus lançava sobre os mortais. Filho de Zeus e Hera.
Poseidon Netuno Senhor do oceano, irmão de Zeus.
Hades/Dis Plutão Senhor do reino dos mortos, irmão de Zeus.
Ares Marte Deus da guerra, filho de Zeus e Hera.
Apolo Febo Deus do sol, da arte de atirar com o arco, da música e da profecia. Filho de Zeus e Latona.
Artemis Diana Deusa da caça e da lua, irmã de Apolo.
Afrodite Vênus Deus da beleza e do amor, nasceu das espumas do mar.
Eros Cupido Deus do amor, filho de Vênus.
Palas Minerva Deusa da sabedoria, nasceu da cabeça de Zeus.
Hermes Mercúrio Deus da destreza e da habilidade, cultuado pelos comerciantes. Filho e mensageiro de Zeus.
Deméter Ceres Deusa da agricultura, filha de Cronos.

Mitologia Grega

Os gregos antigos enxergavam vida em quase tudo que os cercavam, e buscavam explicações para tudo. A imaginação fértil deste povo criou personagens e figuras mitológicas das mais diversas. Heróis, deuses, ninfas, titãs e centauros habitavam o mundo material, influenciando em suas vidas. Bastava ler os sinais da natureza, para conseguir atingir seus objetivos. A pitonisa, espécie de sacerdotisa, era uma importante personagem neste contexto. Os gregos a consultavam em seus oráculos para saber sobre as coisas que estavam acontecendo e também sobre o futuro. Quase sempre, a pitonisa buscava explicações mitológicas para tais acontecimentos. Agradar uma divindade era condição fundamental para atingir bons resultados na vida material. Um trabalhador do comércio, por exemplo, deveria deixar o deus Hermes sempre satisfeito, para conseguir bons resultados em seu trabalho.

Os principais seres mitológicos da Grécia Antiga eram :

Heróis : seres mortais, filhos de deuses com seres humanos. Exemplos : Herácles ou Hércules e Aquiles.
Ninfas : seres femininos que habitavam os campos e bosques, levando alegria e felicidade.
Sátiros : figura com corpo de homem, chifres e patas de bode.
Centauros : corpo formado por uma metade de homem e outra de cavalo.
Sereias : mulheres com metade do corpo de peixe, atraíam os marinheiros com seus cantos atraentes.
Górgonas : mulheres, espécies de monstros, com cabelos de serpentes. Exemplo: Medusa
Quimeras : mistura de leão e cabra, soltavam fogo pelas ventas.

Conheça os principais deuses gregos :

Zeus – deus de todos os deuses, senhor do Céu.
Afrodite
– deusa do amor, sexo e beleza.
Poseidon
– deus dos mares 
Hades – deus das almas dos mortos, dos cemitérios e do subterrâneo.
Hera – deusa dos casamentos e da maternidade.
Apolo – deus da luz e das obras de artes.
Ártemis – deusa da caça e da vida selvagem.
Ares– divindade da guerra..
Atena – deusa da sabedoria e da serenidade. Protetora da cidade de Atenas
Cronos deus da agricultura que também simbolizava o tempo
Hermes – divindade que representava o comércio e as comunicações
Hefesto – divindade do fogo e do trabalho.

PROCLAMAÇÃO DA REPÚBLICA NO BRASIL

No final da década de 1880, a monarquia brasileira estava numa situação de crise, pois representava uma forma de governo que não correspondia mais às mudanças sociais em processo. Fazia-se necessário a implantação de uma nova forma de governo que fosse capaz de fazer o país progredir e avançar nas questões políticas, econômicas e sociais.

No dia 15 de novembro de 1889, o Marechal Deodoro da Fonseca, com o apoio dos republicanos, demitiu o Conselho de Ministros e seu presidente. Na noite deste mesmo dia, o marechal assinou o manifesto proclamando a República no Brasil e instalando um governo provisório.

 Após 67 anos, a monarquia chegava ao fim. No dia 18 de novembro, D.Pedro II e a família imperial partiam rumo à Europa. Tinha início a República Brasileira com o Marechal Deodoro da Fonseca assumindo provisoriamente o posto de presidente do Brasil. A partir de então, o pais seria governado por um presidente escolhido pelo povo através das eleições. Foi um grande avanço rumo a consolidação da democracia no Brasil.

2ª Guerra Mundial

O objetivo é apresentar e discutir as principais causas e consequencias desse importante .

Faça download do power-point abaixo:

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Estudem MUUITOOO !!

Profª. Claudia

7 de setembro

A Independência do Brasil foi um dos fatos históricos mais importantes de nosso país, pois marca o fim do domínio português e a conquista da autonomia política. Desde 1500, o Brasil foi uma colônia Portuguesa, sendo explorada por sua metrópole. Não tinha liberdade econômica, administrativa, e muito menos política. Como a exploração metropolitana era excessiva e os colonos não tinham o direito de protestar, cresceu o descontentamento da população. Iniciam-se então as rebeliões conhecidas pelo nome de Movimentos Nativistas, quando ainda não se cogitava na separação entre Portugal e Brasil. No início do século XVIII, com o desenvolvimento econômico e intelectual da colônia, alguns grupos pensaram na independência política do Brasil. Ocorreram, várias revoltas, entre elas: a Inconfidência Mineira (1789); depois a Conjuração Baiana (1798) e a Revolução Pernambucana (1817). Tiradentes: Mártir da Independência do Brasil.

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   Em 1789, ocorreu no interior da província de Minas Gerais, uma das passagens mais importantes da História do Brasil.

Após a metade do século XVIII, a coroa portuguesa aumentou ainda mais sua opressão contra a colônia, proibindo as atividades fabris, artesanais e aumentando os preços dos produtos vindos de Portugal.

Nas Minas Gerais, as jazidas de ouro começavam a se esgotar, mesmo assim a coroa cobrava impostos cada vez mais elevados. Esses fatos desagravam parte da elite mineira, que inspiradas nos ideais iluministas, passaram a discutir a necessidade da independência brasileira. Sobre o lema “LIBERDADE AINDA QUE TARDIA” (Libertas Quea Sera Tamen), passaram a conspirar contra a coroa portuguesa.

Em maio de 1789, após serem traídos por Joaquim Silvério dos Reis, participante da conspiração, os lideres do movimento foram presos e enviados para o Rio de Janeiro, respondendo pelo crime de INCONFIDÊNCIA (falta de fidelidade ao rei). Entre todos os presos, apenas Tiradentes foi condenado à morte. No dia 21 de abril de 1792, Tiradentes foi enforcado em praça pública e seu corpo esquartejado. Sua morte serviria de exemplo para outros que tentassem questionar o poder da coroa.

Somente anos mais tarde, após a proclamação da República (1889), Tiradentes foi considerado um herói nacional.

O processo de independência

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Oficialmente o 7 de setembro de l822 é da data da Independência do Brasil, proclamada pelo Príncipe Infante Dom Pedro, as margens do Ipiranga, após mais de três séculos de domínio da coroa portuguesa. Historicamente podemos afirmar que a Independência do Brasil tem suas raízes na revolução liberal do porto em Portugal, em l820 que impôs a volta da família real para aquele país.

 Início do século XIX – ano de 1808 – D. João e toda família real, refugia-se no Brasil em decorrência da invasão e dominação de Portugal por tropas francesas.

Este fato trouxe um notável progresso para a colônia, pois esta passou a ter uma organização administrativa idêntica à de um Estado independente. D. João assina o decreto da Abertura dos Portos, que extinguia o monopólio português sobre o comércio brasileiro. O Brasil começa a adquirir condições para ter uma vida política independente de Portugal, porém sob o aspecto econômico, passa a ser cada vez mais controlado pelo capitalismo inglês.

 Com receio de perder o trono e sem alternativa, devido às exigências da Corte (Parlamento português), D.João VI volta para Lisboa (Portugal) em 26 de abril de 1821, deixando como Príncipe Herdeiro, nomeado Regente do Brasil, o primogênito com então 21 anos de idade.

Em 9 de janeiro de 1822, D. Pedro I recebeu uma carta das cortes de Lisboa, exigindo seu retorno para Portugal. Porém, D. Pedro respondeu negativamente aos chamados de Portugal e proclamou: “Se é para o bem de todos e felicidade geral da nação, diga ao povo que fico.”

Em junho de 1822, Dom Pedro recusa fidelidade à Constituição portuguesa e convoca a Primeira Assembléia Constituinte Brasileira. Em 1º de agosto deste mesmo ano baixa um decreto considerando inimigas tropas portuguesas que desembarquem no país. Cinco dias depois, assina o Manifesto às Nações Amigas, redigido por José Bonifácio. Nele, Dom Pedro justifica o rompimento com as Cortes Constituintes de Lisboa e assegura “a independência do Brasil, mas como reino irmão de Portugal”.

Em protesto, os portugueses anulam a convocação da Assembléia Constituinte Brasileira, ameaçam com o envio de tropas e exigem o retorno imediato do príncipe regente. No dia 7 de setembro de 1822, numa viagem a São Paulo, Dom Pedro recebe as exigências das Cortes. Irritado, reage proclamando a Independência do Brasil às margens do Rio Ipiranga. Em 12 de outubro de 1822, é aclamado imperador pelos pares do Reino e coroado pelo bispo do Rio de Janeiro em 1º de dezembro, recebendo o título de Dom Pedro I.O país estava livre e poderia seguir dali pra frente, seu próprio caminho. Desde então, o Brasil cresce em meio a diferentes realidades sociais e econômicas, com a instalação de culturas que até então eram determinadas pela influência européia.

Os primeiros países que reconheceram a independência do Brasil foram os Estados Unidos e o México. Portugal exigiu do Brasil o pagamento de 2 milhões de libras esterlinas para reconhecer a independência de sua ex-colônia. Sem este dinheiro, D. Pedro recorreu a um empréstimo da Inglaterra.

Embora tenha sido de grande valor, este fato histórico não provocou rupturas sociais no Brasil. O povo mais pobre se quer acompanhou ou entendeu o significado da independência. A estrutura agrária continuou a mesma, a escravidão se manteve e a distribuição de renda continuou desigual. A elite agrária, que deu suporte D. Pedro I, foi à camada que mais se beneficiou.    . 

Dom Pedro I, o primeiro Imperador do Brasil

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Dom Pedro I – Imperador do Brasil e Rei de Portugal – nasceu em Lisboa no dia 12 de Outubro de 1798. Era filho de D. João VI e de D. Carlota Joaquina. Veio para o Brasil quando contava apenas com 9 anos de idade. Isso ocorreu em 1808, quando a família real veio para o Rio de Janeiro.  Com a morte de D. João VI, assumiu como herdeiro do trono português, como Pedro IV, 27º rei de Portugal.

Constitucionalmente não poderia  ficar com as duas coroas, então instalou no trono a filha primogênita, Maria da Glória – então com sete anos – como Maria II, e nomeou Dom Miguel (irmão de Dom Pedro) como regente. Contudo, sua indecisão entre o Brasil e Portugal contribuiu para diminuir  sua popularidade e, somando-se a isto o fracasso militar na Guerra da Cisplatina (1825-1827), os constantes atritos com a assembléia, o seu relacionamento extraconjugal (1822-1829) com Domitila de Castro Canto e Melo – a quem fez viscondessa e depois marquesa de Santos – o constante declínio de seu prestígio e a crise provocada pela dissolução do gabinete, após quase nove anos como Imperador do Brasil, abdicou do trono em favor de seu filho Pedro (1830) então com cinco anos de idade.

 Voltando a Portugal, com o título de duque de Bragança, assumiu a liderança da luta para restituir à filha Maria da Glória o trono português, que havia sido usurpado por Dom Miguel, travando uma guerra civil que durou mais de dois anos. Inicialmente criou uma força expedicionária nos Açores (1832), invadiu Portugal, derrotou o irmão usurpador e restaurou o absolutismo.

 No entanto, voltara tuberculoso da campanha e morreu no palácio de Queluz, na mesma sala onde nascera, com apenas 36 anos de idade, em 24 de setembro de 1834. Foi sepultado no panteão de São Vicente de Fora como simples general, e não como rei. No sesquicentenário (150 anos) da Independência do Brasil (1972), seus restos mortais foram trazidos para a cripta do monumento do Ipiranga, em São Paulo.

 Curiosidade: O nome de batismo de Dom Pedro I é “Pedro de Alcântara Francisco Antônio João Carlos Xavier de Paula Miguel Rafael Joaquim José Gonzaga Pascoal Cipriano Serafim de Bragança e Bourbon”.

  

A MAÇONARIA E A INDEPENDÊNCIA DO BRASIL

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“A História da nossa independência está intimamente ligada com a Fundação da Maçonaria Brasileira.”

 Gonçalves Ledo, José Bonifácio e Januário da Cunha

  A Maçonaria se fez presente em diversos movimentos da história do Brasil. Através das Lojas Maçônicas e Sociedades Secretas já existentes, de caráter maçônico tais como: Cavaleiros da Luz na Bahia e Areópago de Itambé na divisa da Paraíba e Pernambuco, bem como pelas ações individuais ou de grupos de maçons.

No dia  13 de julho de 1822, foi aprovada a proposta de admissão de D.Pedro, na maçonaria, endossada por José Bonifácio.

Em 20 de agosto de 1822, Gonçalves Ledo propôs e se aprovou por unanimidade “que fosse firmada a proclamação de nossa independência e da realeza constitucional na pessoa do augusto príncipe”.

 Assim, na tarde de 7 de setembro de 1822, às margens do Ipiranga, D. Pedro limitou-se com seu gesto a promulgar o que já fora resolvido a 20 de agosto no Grande Oriente do Brasil.

  Bandeira Reino do Brasil (1822)

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Criada por um decreto de 18 de setembro de 1822 foi  autoria do pintor francês Jean-Baptiste Debret, que teve grande participação na vida cultural do Brasil, no período de 1816 a 1831, e a escolha das cores foi o príncipe regente.

Bandeira Imperial do Brasil (1822 – 1889)

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     Nossa primeira bandeira nacional sofreu uma modificação após quase três meses de existência, transformando-se na Bandeira Imperial do Brasil em 1º de dezembro de 1822.     A nova bandeira ainda preservava muito dos elementos do antigo reino, como a esfera armilar e a cruz da Ordem de Cristo. Novas cores foram introduzidos: a combinação auriverde, bem como os ramos de café e tabaco, ainda utilizados na representação do brasão nacional. Sobre os significados das cores, acredita-se, que o campo verde representava a Casa de Bragança (dinastia de D. Pedro I) e o amarelo do losango – formato dos brasões femininos na heráldica portuguesa – representava a Casa de Habsburgo (dinastia de D. Leopoldina). Os ramos de café e tabaco, representavam as duas culturas que passavam a destacar-se na produção nacional. As estrelas, dezenove, representavam as províncias de então, inclusive a Cisplatina. A única alteração efetuada na bandeira imperial ocorreria já no Segundo Reinado, quando, por volta de 1870, D. Pedro II resolveu acrescentar a vigésima estrela para adequar o pavilhão à organização territorial do País: a perda da Cisplatina foi compensada pela criação de duas províncias: Amazonas e Paraná, resultado da divisão das províncias do Grão-Pará e de São Paulo respectivamente. Ainda que seus significados tenham mudado, muitos dos elementos da bandeira imperial permaneceram após a proclamação da República.

Hino à Independência Música: D. Pedro I
Letra: Evaristo Ferreira da Veiga
Já podeis da Pátria filhos,
Ver contente a mãe gentil;
Já raiou a liberdade
No horizonte do Brasil
Já raiou a liberdade,
Já raiou a liberdade
No horizonte do Brasil.
  Não temais ímpias falanges
Que apresentam face hostil;
Vossos peitos, vossos braços
São muralhas do Brasil;
Vossos peitos, vossos braços
Vossos peitos, vossos braços
São muralhas do Brasil.
Brava gente brasileira!
Longe vá temor servil
Ou ficar a Pátria livre
Ou morrer pelo Brasil;
Ou ficar a Pátria livre,
Ou morrer pelo Brasil.
  Brava gente brasileira!
Longe vá temor servil
Ou ficar a Pátria livre
Ou morrer pelo Brasil;
Ou ficar a Pátria livre,
Ou morrer pelo Brasil.
Os grilhões que nos forjavam
Da perfídia astuto ardil,
Houve mão mais poderosa,
Zombou deles o Brasil;
Houve mão mais poderosa
Houve mão mais poderosa
Zombou deles o Brasil.
  Parabéns, ó brasileiros!
Já, com garbo juvenil,
Do universo entre as nações
Resplandece a do Brasil;
Do universo entre as nações
Do universo entre as nações
Resplandece a do Brasil.
Brava gente brasileira!
Longe vá temor servil
Ou ficar a Pátria livre
Ou morrer pelo Brasil;
Ou ficar a Pátria livre,
Ou morrer pelo Brasil.
  Brava gente brasileira!
Longe vá temor servil
Ou ficar a Pátria livre
Ou morrer pelo Brasil;
Ou ficar a Pátria livre,
Ou morrer pelo Brasil.

 

“O Grito do Ipiranga”

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A história é feita de versões, porém todo historiador tem no seu horizonte a verdade, pois existe um compromisso, que envolve pesquisa, reflexão e exposição de um relato.

Porém, nessa belíssima obra de Pedro Américo, o que se vê, está longe de representar a realidade. Isso, por que o artista teve como ideia principal enaltecer o fato. Essa obra foi encomendada pelo governo imperial e pela comissão de construção do monumento do Ipiranga, antes que o Museu existisse. Pedro Américo, atendendo à finalidade da encomenda, buscou construir a imagem de um herói guerreiro, criador de uma nação.  Por razões estéticas, o artista se viu obrigado a fazer mudanças nas personagens e no cenário a fim de produzir os esplendores de imortalidade.

 Em principio, dom Pedro não poderia montar a besta de que falam as testemunhas. O pobre animal, apesar de ter arcado com o peso imperial, foi substituído no quadro pela nobreza de um cavalo.

O uniforme da guarda de honra também foi alterado. A ocasião merecia traje de gala, em vez do uniforme “pequeno”, que os soldados estavam realmente vestidos naquele episódio. O riacho do Ipiranga também foi alterado e teve seu curso desviado para facilitar a composição do quadro. O carreiro com seu carro de bois, entraram  em cena para dar cor local e representar a população no ato da independência..

 MUSEU DO IPIRANGA

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Poucos meses as após proclamação da Independência, em 7 de setembro de 1822, surgiu à primeira proposta de construção de um monumento em homenagem a Independência do Brasil, no próprio local onde ela havia sido proclamada, as margens do riacho do Ipiranga.

Por falta de verbas e de entendimentos quanto ao tipo de monumento a ser construído, somente sessenta e oito anos mais tarde a ideia se concretizou.

Em 1884 foi contratado, como arquiteto, o engenheiro italiano Tommaso Gaudenzio Bezzi, que, no ano anterior, havia apresentado o projeto de um monumento-edificio para celebrar a Independência. O estilo renascentista do edifício de 1895 une sua grandiosidade ao acervo que veio, principalmente, da coleção pessoal do coronel paulista Joaquim Sertório. O acervo de história natural do militar deu origem ao Museu Paulista, localizado dentro do Parque da Independência.

 Com mais de 125 mil itens, a casa guarda objetos indígenas, mobiliário, armaria, pinturas, ferramentas e outros instrumentos, muitos de uso pessoal. As peças encontradas no acervo do museu retratam a vida no país, especialmente em São Paulo, desde os idos de 1500 até 1950.

 A construção abriga também duas bibliotecas e seções que tratam de documentação arquivística e iconográfica e laboratórios de conservação e restauro. No passeio pode se observar o trabalho de projeto do italiano Ettore Ximenez, em granito, com adornos em bronze – a estátua em homenagem ao “grito”, em cujo subsolo se encontra os despojos de D. Pedro I e suas duas esposas.

 Fontes e chafarizes instalados em frente voltam a funcionar, como uma homenagem aos 450 anos da cidade e ao 7 de setembro.